ASSOCIAÇÃO
MÉDICA DE
LONDRINA
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Produção e edição
A interpretação de um dos singles mais vendidos
dos Beatles – canção de Paul McCartney e com-
posição creditada à dupla Lennon/McCartney,
em 1968 – é da Malu. Com 11 anos, Maria Luiza
é a caçula do associado e médico cirurgião vas-
cular Dr. Rodrigo Gomes de Oliveira. No começo,
eram as aulas de teclado que fascinavam a ga-
rota. Mas, depois de encantar o avô paterno An-
tônio Sérgio, tocando “Love is Blue” (Paul Mau-
riat, 1968) no piano de uma vinícola da comuna
de Fontanafredda (Itália), Malu ganhou dele mais
do que um sorriso carinhoso: foi presenteada
com um novo instrumento para se dedicar, e de-
dilhar, fazendo com que a música permaneça
sempre presente em casa, e nos corações (mais,
ou menos aflitos) dos Gomes de Oliveira. Família
que também sabe, que tudo vai passar...
HEY JUDE... GABI,
BETO, VOVÔ, BIZA.
NÃO TENHA MEDO.
TUDO VAI PASSAR.
DEIXE A MÚSICA
ENTRAR EM SEU
CORAÇÃO.
INSPIRE, EXPIRE.
MÉDICOS EMPREENDENDO
PARA AS SOLUÇÕES DO
AGORA...
ENTRADA SEGURA
PROJETO ACADÊMICO
QUE SEGUIRÁ
COMO NECESSIDADE
PERMANENTE PARA
NOSSO AMANHÃ
CENAS E
RETICÊNCIAS...
E PRA TERMINAR
E POR FALAR
EM FUTURO
O desafio para desenvolver um ventilador pul-
monar de baixo custo foi proposto pelo médi-
co Dr Paulo Emílio Fuganti, Chefe do Serviço
de Urologia do Hospital do Câncer de Londri-
na. A ele se uniram outros dois especialistas
associados: a pneumologista Dra Janne Stella
Takahara e o oncologista e homeopata Dr Luiz
Wanderlei Romaniszen. Juntos com professo-
res e alunos do curso de engenharia mecânica
da Universidade Tecnológica Federal do Para-
ná (campus Londrina), saiu o protótipo em 3D
de um equipamento que pode ter um custo fi-
nal de menos de R$ 1 mil.
As consequências que a crise do novo corona-
vírus traz precisam de respostas rápidas e cer-
teiras, e é isso que o Hack pelo Futuro propôs:
a criação de produtos e serviços que podem
ser aplicados rapidamente na sociedade”, dis-
se o superintendente de Inovação do governo
do Paraná, Henrique Domakoski, ao anunciar a
Nota 10 como a vencedora dentre as 214 equi-
pes da maratona por apresentar uma solução
de curto prazo para minimizar o impacto desta
pandemia: um sistema que condiciona a entra-
da em ambientes somente após a higienização
das mãos com produtos anticépticos.
Sob a orientação do médico Eduardo Novak,
cirurgião ortopedista e docente da disciplina
de Ética e Bioética no curso de Medicina da
Universidade Federal do Paraná, os acadêmi-
cos da UFPR Isadora Busto Silva (medicina) e
Jhonatan Wagner Rigo Gonçalves (engenharia
elétrica), junto com a estudante de enferma-
gem da Unifacear Kettlyn Alexeyevina Caetano,
desenvolveram um dispenser com dispositivo
eletrônico para as portas de variados locais
como alas hospitalares, cozinhas industriais e
restaurantes, entre tantos outros ambientes
coletivos, que só destravam para o acesso de-
pois do uso do álcool em gel pelo usuário.
Um protótipo do novo dispositivo já está insta-
lado no Hospital Cajuru (Curitiba) e a equipe
também foi autorizada a implantar a ferra-
menta no Hospital de Clínicas da UFPR. Con-
fira o que dizem os acadêmicos vencedores
sobre a experiência que tiveram para a ela-
boração do novo produto, uma solução de
curtíssimo prazo.
Continue lendo a reportagem do Hack pelo Fu-
turo no site da AML, com outras soluções apre-
sentadas por equipes multidisciplinares.
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"Não sei o que o amanhã trará", disse o
universal poeta português Fernando Pes-
soa, à véspera de sua morte, ocorrida em
30 de novembro de 1935, aos 47 anos.
Tão certo estava o escritor, historiador,
tradutor, ensaísta e crítico literário, como
quando escreveu décadas antes sobre as
certezas às quais devemos estar atentos
para o “Depois de Tudo”...
De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre a começar...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar.
Por isso devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.
Durante o insólito,
e depois de tudo.
Depois de tudo
Mesmo neste novo normal, imposto involunta-
riamente ao nosso cotidiano, também é possí-
vel fazer com que antigos hábitos, velhos ma-
neirismos e boas lembranças sejam adaptadas
para manter (minimamente) saudáveis nossas
relações de afeto.
O olhar para a rua que se estende abaixo da
sacada revela, por exemplo, o novo brincar de
esconde-esconde do pai com o bebê, durante o
passeio de carrinho para pegar o sol da manhã.
Agora, sem sair do campo visual da criança, é o
rápido movimento de abaixa e levanta da másca-
ra de proteção do pai que registra a alegria da
criança para o “achooooouuuu...
“Quando o mistério é muito impressionante, a
gente não ousa desobedecer...” Assim definiu o
que sentiu o aviador de Antoine de Saint-Exeu-
péry – um estudioso da geografia, história, cál-
culo e gramática –, assustado com a presença
daquele principezinho em meio ao nada do Saa-
ra, que lhe fazia milhares de perguntas, não pa-
recia sequer escutar às dele, e ainda lhe pedia
que desenhasse um carneiro.
“Esta é a caixa. E o carneiro
está dentro”, disse o aviador
depois das três tentativas
frustradas para atender ao
desejo do menino, que teve a
face iluminada ao ver o últi-
mo desenho. “Era assim mesmo que eu queria”,
disse sorridente o pequeno de cabelos dou-
rado, já imaginando o quão importante seria
aquela caixa para que ali fossem colocados os
carneiros que comeriam os arbustos que um
dia virariam baobás. “Antes
de crescer, os baobás são
pequenos”, disse o peque-
no príncipe ao novo amigo,
que, infelizmente não sa-
bia ver carneiros, movimentos, expectativas,
projetos, iniciativas, desejos através da cai-
xa. Pois, como uma pessoa grande, um adulto
ansioso por respostas naquele novo universo
onde caíra acidentalmente, precisava de expli-
cações imediatas, e lógicas.
Fechar ciclos, reconhecer a nova realidade. Mas
qualquer que seja a forma eleita (ou imposta)
para vencer e encerrar etapas, restam as lem-
branças, a memória. E são os bons momentos
vividos e os muitos quereres que nos ajudam a
encarar o novo. Por isso, encerramos esta edi-
ção com o mesmo tema musical da abertura. Só
que agora, em lembrança da primavera londrina
de 2009. Foi na Trafalgar Square que centenas
de pessoas cantaram sem medo, celebrando a
vida sem medo de errar. Quem sabe quando, ou-
tra vez... Por ora, vamos torcer para que, assim
como as obras da National Gallery, o novo coro-
navírus seja o mais breve possível acervo into-
cável, mas em laboratório de segurança máxima.
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