Os limites e as possibilidades de oferta do ensino a distância (EaD) nos cursos semipresenciais da área de saúde foram debatidos em 8 de maio em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná. Representantes de Conselhos dos profissionais de diferentes categorias que atuam na Saúde no Paraná demonstraram preocupação com a formação acadêmica e a preparação para atendimento da população, relata o deputado estadual Tercilio Turini (foto), que participou da reunião como membro da Comissão de Saúde e presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A farmacêutica Ester Dalla Costa, coordenadora da Comissão de Educação do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, diz que a estruturação dos cursos e a qualificação dos profissionais que vão trabalhar na formação de futuros profissionais de saúde são questões relevantes. “Um relatório do Conselho de Enfermagem demonstrou que os polos de ensino, mesmo os que têm regimentos mais rígidos, estão desestruturados, sem pessoal qualificado e laboratórios”, alertou.
Ela informou que a abertura de polos de EaD tem crescido consideravelmente, “mas sob um viés econômico, de mercado de educação, com a proposta de levar ensino às pessoas que não têm acesso”. Segundo Ester, um decreto de 2005 flexibiliza a presença obrigatória de professores como responsáveis pelo conteúdo repassado aos alunos na educação a distância.
O Ministério da Educação libera atualmente cursos de enfermagem e fisioterapia, por exemplo, desde que sejam comprovados os atendimentos aos requisitos previstos em lei, como aulas práticas, atividades em laboratórios, simulações e estágios com pacientes. A diretora executiva do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná, Maria Goretti David Lopes, apresentou pedido para elaboração de projeto de lei proibindo funcionamento no Paraná de cursos de ensino técnico de enfermagem na modalidade a distância.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado estadual Dr. Batista, disse que o debate será levado adiante. “Ouvindo cada um dos representantes de todas as entidades, cobraremos onde houver falhas, para melhorar os cursos”, afirmou.
Com informações da Assessoria de Comunicação Alep – Assembleia Legislativa do Paraná