Mais de um milhão de pessoas morreram por causa da doença em 2017, e o número de casos de tuberculose resistente à medicação aumentou no último ano, sendo o Brasil um dos países que mais sofrem com os casos. A informação é da Organização Mundial de Saúde. Em seu relatório anual (setembro/2018), a OMS diz que os casos do tipo “continuam sendo uma crise de saúde pública”, e que a estimativa é de que, em todo o mundo em 2017, 558 mil pessoas desenvolveram tuberculose que era resistente à rifampicina (RR-TB), o remédio mais usado para o tratamento da doença, e destes, 82% tinham tuberculose multirresistente (MDR-TB) a medicamentos. Segundo o relatório da OMS, três países representaram quase metade dos os casos mundiais de tuberculose resistente a ambos os tratamentos: Índia (24%), China (13%) e a Rússia (10%). Globalmente, 3,5% dos novos casos de tuberculose e 18% dos casos tratados eram de indivíduos resistentes a algum dos tratamentos.
Globalmente, 160. 684 casos de casos de tuberculose resistente aos dois tipos de medicamento (RR-TB e MDR-TB) foram detectados e notificados em 2017 (um pequeno aumento quando comparado aos 153.119 casos notificados em 2016).
De acordo com o relatório o sucesso do tratamento, que pode chegar a mais de cinco anos para pacientes resistentes aos medicamentos, continua baixo, com uma taxa de sucesso mundial de 55%. Exemplos de países altamente afetados pela doença que obtiveram melhores taxas de sucesso de tratamento em 2017 incluem Bangladesh, Etiópia, Cazaquistão, Mianmar e Vietnã (todos com taxas superiores a 70%).
Mortes no mundo passam de 1 milhão
Ainda de acordo com o relatório, estima-se que cerca de 1,7 bilhão de pessoas, 23% da população mundial, tenham uma infecção latente por tuberculose e correm o risco de desenvolver doença durante o tempo de vida.
No geral, as mortes por tuberculose diminuíram ao longo do ano passado. Em 2017, a tuberculose causou cerca de 1,6 milhões de mortes, sendo 300 mil entre pessoas HIV-positivas. Desde 2000, houve uma redução de 44% nas mortes por tuberculose entre as pessoas com HIV em comparação com uma diminuição de 29% entre as pessoas HIV-negativas.
Globalmente, a melhor estimativa é que 10 milhões de pessoas desenvolveram a doença em 2017:
- 5,8 milhões de homens
- 3,2 milhões de mulheres
- 1 milhão de crianças
Houve casos em todos os países e grupos etários, mas, em geral, 90% eram adultos (acima dos 15 anos), 9% eram pessoas vivendo com HIV (72% na África) e 66% em apenas oito países: Índia (27%), China (9%), Indonésia (8%), as Filipinas (6%), o Paquistão (5%), a Nigéria (4%), Bangladesh (4%) e África do Sul (3%).
Fonte: Portal G1, em 29 de setembro 2018