No coração de Londrina, um antigo prédio ganha a partir de agora um novo propósito. Depois de um grande trabalho de recuperação, a AML reinaugura oficialmente neste dia 18 de agosto o Espaço AML Cultural, que ocupa o prédio da sede histórica da entidade, datado de 1965, e localizado ao lado da Concha Acústica, vizinho dos Correios e da sede da Secretaria de Cultura do município.
Um espaço voltado às artes, à cultura, à educação e aberto à comunidade, com teatro de 126 lugares equipado com modernos equipamentos de som e imagem, área para exposições, além de salas para aulas de teatro, dança e canto.
Para a reinauguração, o prédio de três andares passou por um amplo cronograma de reformas, com atenção especial para a fachada, que promete agregar ao cenário urbano da cidade, já que ganhou uma moderna e impactante comunicação visual, formando um imenso painel com imagens que remetem justamente ao propósito do local: a valorização e facilitação do acesso à cultura. E chamará a atenção de quem passar pela Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, na altura do número 130, sinalizando novos tempos e muito mais vibração neste que já é um eixo cultural da cidade.
Segundo a presidente da AML, Beatriz Tamura, o local já recebe eventos desde o final do ano passado mas, somente agora, com praticamente a totalidade das benfeitorias previstas realizadas, foi possível oficializar a solenidade de reinauguração, que acontecerá em evento restrito para convidados devido à capacidade do teatro.
Tamura destaca que toda a comunidade londrinense pode se beneficiar pelas oportunidades de cultura que o espaço vai proporcionar. Essas oportunidades acontecem por meio de uma série de eventos, alguns deles gratuitos, outros mediante compra de ingressos, mas sempre priorizando uma programação de alta qualidade que passa inclusive por um processo de curadoria.
No local são realizados eventos pela própria AML e por parceiros, bem como ocorre a locação tanto do teatro quanto das salas.
Exposição de abertura: Um Mergulho no Ser
Para marcar a reinauguração, o Espaço recebe a exposição “Um Mergulho no Ser”, da artista plástica Raquel Carraro, com obras inéditas – contemplando duas pinturas em grandes dimensões, quatro objetos, quatro desenhos e duas instalações – desenvolvidas especialmente para este momento em que a cidade ganha um novo espaço cultural.
Segundo a artista, a partir da temática da Medicina, as obras trazem um olhar extasiado, que contempla a sabedoria do corpo, a beleza da forma, a potência das emoções conectadas à fisiologia. “Coração, pulmões, cérebro, veias, unidos à memória, imaginação, sentimentos e pensamentos. Um todo profundo, complexo, deslumbrante, intrínseco ao humano”, conceitua.
A Exposição ficará aberta para visitação do público de 18 a 31 deste mês, com entrada gratuita.
O evento de reinauguração contará também com show do Acústico Blues Trio, de Kiko Jozzolino; apresentação do documentário “O Recomeço”, que trata da atuação da AML Cultural, e ainda uma intervenção do grupo vocal Canto da Lira.
Propósito: por que um Espaço Cultural?
O Espaço AML Cultural é gerido pela própria Associação Médica , que atualmente congrega quase 1.000 médicos associados e atua na representação da classe, promove eventos culturais e científicos e contribui na promoção da saúde.
“Acreditamos que a arte, a cultura, contribuem para um novo olhar, com mais abertura e equilíbrio para visualizar o mundo de uma forma mais harmônica. Com isso em vista, decidimos abraçar o propósito de atuar de forma direta para além da nossa própria cadeia de valor. Assim, nossa Associação se posiciona de forma ainda mais atuante e reforça seu protagonismo”, explica a presidente da AML.
A entidade investiu na recuperação e revitalização com recursos próprios, mas reforça o projeto do Pronac nº 20.4782, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, que visa a arrecadação para contribuição na continuidade das melhorias.
Um pouquinho da história
Fundada em 1941, a AML é a segunda entidade representativa criada Londrina, atrás apenas da ACIL. O prédio da Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral começou a ser construído em 1959 e foi inaugurado em 1965.
A edificação apresenta características do estilo modernista – com fachada envidraçada, elementos em ferro e linhas retas – e já à época da construção foi considerada moderna e inovadora, por se diferenciar completamente das demais ao redor.
Em 1999 a entidade mudou-se para a atual sede, na Avenida Harry Prochet. Por 10 anos, o prédio histórico do centro esteve em comodato. Em novembro de 2019, o local voltou para a AML, mas as portas ficaram fechadas por dois anos devido à pandemia da COVID-19.
Prédio já é listado como “Patrimônio de Interesse de Preservação”
O prédio da sede histórica da AML é a primeira edificação particular oficialmente listada em Londrina como “Patrimônio de Interesse de Preservação” pela Secretaria Municipal de Cultura. Isso significa que o local apresenta características dignas de serem preservadas e por isso poderá receber incentivos para sua conservação.
Segundo a Secretaria de Cultura, a listagem dos bens de interesse de preservação é um dos instrumentos para estimular a conservação de imóveis. Após ser listada, a edificação passa a ser acompanhada pela Secretaria Municipal de Cultura para que receba apoio e tenha suas características preservadas.
Assessoria de Imprensa AML/ Máxima Comunicação