Dia Mundial de Combate à Hepatite pede reflexão sobre diagnóstico e tratamento

Dia Mundial de Combate à Hepatite pede reflexão sobre diagnóstico e tratamento
Diagnosticar precocemente a hepatite aumenta as chances de eficácia no tratamento

 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C

No dia 19 de maio celebramos o Dia Mundial de Combate à Hepatite, uma  data para lembrar a profissionais  de saúde e comunidade sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessa doença. A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de certos medicamentos, álcool, outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

Conforme informações do Blog da Saúde, publicação do Ministério da Saúde, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Também existem os vírus D e E, sendo o último mais frequente na África e na Ásia. 

Surpreendentemente, milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não têm conhecimento disso. Elas correm o risco de desenvolver doenças crônicas, como cirrose e câncer, caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo. Por isso, é fundamental realizar consultas médicas regularmente e fazer exames de rotina para detecção da hepatite, além de manter as vacinas contra hepatite A e B em dia.

Hepatite: doença silenciosa

As hepatites virais são consideradas doenças de notificação compulsória

A maioria dos casos de hepatites virais é assintomática, o que reforça a importância das consultas médicas regulares e dos exames de rotina para detecção dos diferentes tipos da doença. Geralmente, quando os sintomas aparecem, a doença já está em estágio avançado. 

Alguns dos sintomas mais comuns incluem febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura (cor de café), icterícia (olhos e pele amarelados) e fezes esbranquiçadas (semelhantes à massa de vidraceiro).

Diagnosticar precocemente a hepatite é fundamental para aumentar as chances de eficácia no tratamento. Para saber se você precisa realizar esses exames, verifique se já esteve exposto a alguma das seguintes situações:

  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, falta de higiene pessoal e inadequação dos alimentos (vírus A e E);
  • Transmissão sanguínea: prática de sexo desprotegido, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos cortantes (vírus B, C e D);
  • Transmissão vertical: da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação (vírus B, C e D).

Vale ressaltar que, no caso das hepatites B e C, é necessário um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

Importância da notificação 

As hepatites são doenças que apresentam variações de acordo com o tipo de vírus causador. Enquanto os vírus A e E geralmente resultam em formas agudas da doença e não têm potencial para formas crônicas, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem se manifestar tanto de forma aguda quanto crônica, persistindo por mais de seis meses no organismo.

Essa distinção é crucial para entender a evolução dessas infecções virais. Após contrair hepatite A ou E, é possível uma recuperação completa, eliminando o vírus do organismo. No entanto, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem persistir e desenvolver formas crônicas, exigindo um cuidado contínuo e tratamento adequado.

As hepatites virais são consideradas doenças de notificação compulsória. Isso significa que cada caso diagnosticado deve ser notificado por um profissional de saúde. Esse registro tem um papel essencial no mapeamento dos casos em todo o país e contribui para a formulação de políticas públicas eficazes de combate e prevenção dessas doenças.

Vacinas disponíveis 

A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário nacional de vacinação e é indicada para crianças de 1 ano a menores de 2 anos, em dose única, oferecendo proteção permanente. Além disso, médicos podem recomendar a vacina em situações específicas, sendo disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).  

Já a vacina contra a hepatite B está incluída no calendário de vacinação para crianças, adolescentes e adultos, sendo disponibilizada nas salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, houve uma ampliação da oferta da vacina para a faixa etária de 30 a 49 anos. 

É importante ressaltar que todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Caso a gestante seja portadora da hepatite B, o recém-nascido deve receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, a fim de prevenir a transmissão vertical da mãe para o filho. Caso não seja possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde.

Por: Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita – com informações do Blog da Saúde/MS

 

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