Campanha nacional ‘De olho nos olhinhos’ orienta sobre o retinoblastoma

A Associação Médica de Londrina (AML) apoia a campanha nacional “De olho nos olhinhos”, que tem o objetivo de conscientizar e alertar sobre o retinoblastoma, um tumor ocular que acomete crianças até os 5 anos de idade. De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o retinoblastoma é um tumor maligno originário das células da retina, responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos.

O dia 18 de setembro é marcado como Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma e este ano, a campanha “De olho nos olhinhos” promove uma série de três lives sobre a doença e a saúde ocular infantil. A iniciativa conta com o apoio do CFM e AMB, e das Sociedades Brasileira de Oftalmologia (CBO) e a Brasileira de Pediatria (SBP).

O retinoblastoma representa 14% de todos os casos de câncer pediátrico em menores de 2 anos e uma doença rara, com 200 a 300 casos novos por ano no Brasil. Mais de 90% dos casos são diagnosticados na faixa etária de 0 a 5 anos de idade, a maioria dos casos é detectada ao redor de 2 anos.

O CFM lançou uma cartilha que ensina a reconhecer os sinais e sintomas do retinoblastoma. A cartilha reforça que se diagnosticado rapidamente e tratado em centros especializados, o câncer pode alcançar índices de 90% de cura. Porém, o prognóstico não é tão bom se a doença estiver disseminada além do olho. O diagnóstico precoce, além de aumentar as chances de cura, pode preservar a visão e o olho da criança. Para acessar a cartilha, clique aqui.

Quais são os sintomas do retinoblastoma? 
O principal sintoma é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas, ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão.

Como ocorre o diagnóstico?

O médico faz um exame do fundo de olho com a pupila dilatada do paciente. Não se deve realizar uma biópsia. Além disso, todos os pacientes devem passar por estudo de aconselhamento genético para identificação de casos hereditários.

Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.

Em um terço dos casos existe uma predisposição genética à doença. Nos demais casos, existe a manifestação do retinoblastoma como consequência de uma alteração do DNA. O tipo de diagnóstico é importante, pois em casos hereditários, há chance de recorrência da doença em uma nova gravidez.

Como é o tratamento?

Tumores menores podem ser tratados de forma especial e sem que a criança tenha uma perda da visão. Em casos mais avançados, o olho precisa ser retirado e o paciente acaba passando por quimioterapia ou radioterapia.

A médica Dra. Elaine Ferraresi Sampaio, do Departamento de Oftamologia da AML, ressalta a importância da avaliação oftalmológica em crianças pequenas para a prevenção de problemas oculares da infância, como os erros refrativos, a catarata e o retinoblastoma.

“O retinoblastoma é uma doença ocular grave que acontece dentro dos olhinhos dos bebês e das crianças. Se inicia na retina e pode se espalhar para outras partes do corpo.”

Entre os principais sinais da doença estão: pupila branca ou leucocoria – quando o centro do olho esbranquiçado ao tirar uma foto com flash – e o estrabismo. “Leve seu filho a uma consulta oftalmológica principalmente a partir do sexto mês”, orienta a médica.

Leia também: CFM moderniza resolução da publicidade médica – Blog AML

Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita com informações do Inca e do CFM

comunica.aml@aml.com.br

Compartilhe