No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, 10 de novembro, a AML faz um alerta sobre a importância de cuidar da saúde auditiva
Você costuma pensar sobre sua saúde auditiva? Para chamar a atenção sobre a importância de cuidar da nossa audição e conscientizar a população em relação à surdez, o dia 10 de novembro é lembrado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez.
Na rotina da médica otorrinolaringologista Rosana Emiko Heshiki, do Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica de Londrina e docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a surdez é uma tema presente.
Por isso, ela destaca a necessidade de falar sobre o assunto. “Já avançamos bastante com a aprovação de leis como a obrigatoriedade do teste da orelhinha para detecção precoce de perda auditiva”, analisa.
Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve.
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 demonstra que 2,3 milhões de brasileiros (1,1% da população brasileira) declararam possuir muita dificuldade ou não conseguir de modo algum ouvir.
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Causas da surdez
A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita (quando a pessoa já nasce com o problema) ou adquirida e afetar pessoas em diferentes fases da vida. Entre os impactos mais importantes desta condição, estão as alterações na comunicação, o que gera grande impacto na saúde e qualidade de vida, desenvolvimento acadêmico e relações de trabalho.
Dra Rosana Emiko Heshiki elenca os principais fatores que provocam perdas auditivas:
- Processos inflamatórios da orelha média ou interna;
- Processos infecciosos;
- Uso de medicamentos com potencial de ototoxicidade que lesam as células auditivas
- a indução de perdas de audição pelo ruído;
- Doenças metabólicas como diabetes e colesterol, que aceleram o envelhecimento das células auditivas;
- O próprio processo de envelhecimento natural do organismo.
Ela explica que grande parte das perdas auditivas são tratadas com uso de próteses auditivas que melhoram muito a qualidade de vida, principalmente do paciente idoso. “Estudos mostram que idosos que utilizam próteses e mantêm as vias auditivas funcionantes aumentam a melhora na cognição quando comparados a idosos que não fazem adaptação do aparelho auditivo”, pontua.
Algumas medidas de prevenção são essenciais para cuidar da audição, tais como utilizar fone de ouvido de forma segura; evitar sons altos; utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) quando houver exposição a ruído intenso; e manter um estilo de vida saudável.
Conforme informações da Revista da Unifesp, existem alguns sinais e sintomas que podem indicar algo errado com a audição. São eles:
- Pedir para repetir o que foi dito e falar com frequência “o que?”;
- Falar muito alto;
- Não responder quando chamado;
- Assistir a TV ou ouvir rádio com volume muito alto;
- Comportamentos associados à desatenção;
- Atraso na aquisição da fala;
- Baixo desempenho escolar e dificuldades no aprendizado;
- Dificuldades para compreender em locais com ruído ou ao telefone;
- Sensação de que ouve, mas não entende;
- Aparecimento de zumbido.
Se você apresenta algum grau de dificuldade auditiva ou se seus familiares estão reclamando da sua qualidade auditiva, a dica da Dra Rosana é que procure um médico especialista.
Campanhas de conscientização da população são importantes para desmitificar medos e informações falsas, trabalhar o preconceito, a discriminação e o capacitismo com pessoas surdas e incentivam quem sofre com esta condição a buscar atendimento adequado.
Por Comunicação AML – Infinita Escrita e Divulga Comunicação – com Biblioteca Virtual e e Saúde e Revista da Unifesp
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