O dia 26 de maio é lembrado como Dia Nacional de Combate ao Glaucoma
Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença invisível, detectável nos estágios mais iniciais apenas em consulta ao oftalmologista. Por isso, o dia 26 de maio é lembrado como Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância de consultar um especialista para exames oftalmológicos de rotina.
A médica oftalmologista Elaine Sampaio, membro da diretoria executiva da Associação Médica de Londrina (AML) e docente da especialidade no curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), explica que o glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular e ou alteração do nervo óptico.
“Mesmo sendo a principal causa de cegueira irreversível, é uma doença que pode ser evitada”, informa.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), o glaucoma tem prevalência de 4% de portadores para a população acima de 40 anos e entre 15% a 20% de portadores nas pessoas acima de 75 anos. A SBO revela, ainda, que entre 50% a 90% dos portadores não têm conhecimento de sua doença.
“É uma doença silenciosa, o paciente só vai perceber alteração da visão ou dor de cabeça nos estágios mais adiantados, por isso, é muito importante que se faça o diagnóstico precoce”, alerta a Dra. Elaine.
Prevenção do glaucoma
A melhor maneira de prevenir o glaucoma é fazer consultas oftalmológicas de rotina para medir a pressão ocular e avaliação do nervo óptico, principalmente após os 40 anos. Caso haja familiares que tenham a doença, suas visitas ao oftalmologista devem ser mais constantes.
“O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, mas se baseia em uso de colírios para controle da pressão. Dependendo do caso, pode ser preciso aplicação de laser ou cirurgia”, destaca.
Apesar de o glaucoma ser uma doença grave, o controle pode ser realizado de maneira eficaz, evitando a progressão para a cegueira. Por isso, é importante lembrar a população sobre a necessidade de fazer consultas de rotina ao oftalmologista.
Dr. Ricardo Augusto Paletta Guedes, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, destaca em carta publicada no site da entidade:
“O tratamento do glaucoma evoluiu muito nos últimos anos. Novos medicamentos, mais potentes e com melhor posologia, permitem uma melhor adesão ao tratamento. O futuro traz ainda muitas oportunidades de tratamento para o glaucoma, como novas vias de administração de medicamentos, novas técnicas de cirurgias (cirurgia robótica, etc.) e até mesmo a terapia genética. De que adianta toda esta evolução científica, se os portadores não chegarem aos médicos em tempo de se tratar antes de uma perda funcional debilitante?”
De acordo com a SBO, dentre os fatores de risco para o glaucoma, os mais importantes são: história na família de pessoas com glaucoma, raça negra, hipertensão arterial, hipotensão arterial, diabetes, trauma ocular, miopía e uso contínuo de corticoides.
“Somente com o aumento do nível de conscientização da sociedade é que conseguiremos realizar de maneira efetiva a prevenção da cegueira pelo glaucoma”, diz ele.
Por: Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita