IA: AML é parceira em projeto para implantação de laboratórios de simulação realística

Iniciativa que envolve o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação prevê instalação do Centro de Tecnologia Aplicada à Saúde em Londrina

Londrina vai ganhar laboratórios de simulação realística associados à Inteligência Artificial (IA). Nesta quarta-feira (17), a presidente da AML, Dra. Rosana Ceribelli Nechar, a presidente da Governança Saúde Londrina União Setorial (Salus), Karen Barros Parron Fernandes, e o gerente executivo da AML, Willian Moraes da Rosa, participaram de uma reunião online com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a secretária de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE) do MCTI, Márcia Barbosa, sobre a implantação do Centro de Tecnologia Aplicada à Saúde em Londrina.

Também estavam presentes na reunião a deputada federal Luísa Canziani, a  diretora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina (CCS – UEL), Andréa Name Colado Simão, e o docente e ex-diretor do Instituto Federal do Paraná, campus Londrina (IFPR), Marcelo Lupion Poleti.

No encontro, foram apresentados detalhes do projeto desenvolvido em parceria pela AML,  Salus, Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Câmpus Londrina e Centro de Ciências da Saúde (CCS-UEL). O objetivo do Centro de Simulação Realística e Inteligência Artificial em Saúde é propiciar cenários de aprendizagem para a formação e desenvolvimento de competências clínicas, procedimentais e atitudinais dos cursos de graduação e pós-graduação, bem como cursos de nível técnico e ainda educação permanente dos profissionais de saúde de Londrina e toda a macrorregião.

Além disso, deve servir como um ambiente de testes simulado para soluções com tecnologias habilitadoras como a Inteligência Artificial (IA) que atendam a área da saúde, colaborando no processo de validação de soluções previamente ao seu acesso ao mercado.

Segundo a presidente da AML, Dra. Rosana Nechar, o Centro deve ser instalado nas dependências da sede cultural da AML que, de acordo com avaliação das universidades, tem as condições ideais para abrigar os laboratórios, “por ser um campo neutro, por ser central, por ter um prédio próprio e que reúne algumas qualidades por ser uma associação médica”.

Ela lembra que o projeto foi apresentado em Brasília ainda no final de 2023, por intermédio da deputada federal Luísa Canziani. “Ela está articulando o projeto para a gente e agendou essa reunião com a ministra, que gostou muito da ideia.”

“O que eles chamaram a atenção é que é um projeto para multiusuários e isso é muito interessante. Eles já começaram a ver um formato para operacionalizar o projeto com linhas de financiamento”, reitera a presidente da AML, comemorando a união de intenções da AML com várias instâncias, como a tecnológica, educacional, de pesquisa e do associativismo da medicina e da saúde em geral.

“Para nós vai ser genial, nós vamos fazer um upgrade em Londrina, nós vamos ter um Centro de Simulação Realística, com uma implementação gradual, que vai servir para saúde em vários níveis, desde odontologia, fisioterapia, enfermagem e medicina. É um ganho gigante para a cidade como polo de tecnologia que já se mostra. E a AML está junto”, avalia a Dra. Rosana Nechar.

“Estou muito animada com o projeto e trabalhando para viabilizar todos os recursos necessários para a implantação dos laboratórios de simulação realística com uso de Inteligência Artificial. Esses laboratórios vão contribuir para o fortalecimento do nosso polo da saúde, além de contribuir para uma formação de excelência dos profissionais”, completa a deputada federal (PSD-PR) Luísa Canziani,

Entre as metas estabelecidas na proposta de uso de IA estão:

  • Colaborar no desenvolvimento de competências clínicas dos cursos de graduação da área da saúde das Instituições de ensino Superior de Londrina (UEL, PUCPR, Universidade Pitágoras UNOPAR, Unifil, Universidade Positivo, Unicesumar e Inesul), das áreas de medicina, enfermagem, odontologia, farmácia, fisioterapia, nutrição);
  • Capacitar pós-graduandos de residências em saúde de diferentes instituições de ensino (UEL) e hospitais (HU-UEL, ISCAL, HEL, Hospital do Câncer de Londrina e Hoftalon) para o desenvolvimento de habilidades práticas para formação profissional; 
  • Contribuir no desenvolvimento de habilidades e competências de profissionais de nível técnico das diferentes instituições de ensino de saúde de Londrina (IFPR, Mater Ter Admirabilis, Colégio Aplicação UEL e outros);
  • Atuar como local para a educação permanente de profissionais da área de saúde de toda a macrorregião de Londrina, tanto da área hospitalar quanto demais cenários assistenciais;
  • Desenvolver projetos de pesquisas de pós-graduação relacionados ao uso, validação de métodos e desenvolvimento em simulação realística;
  • Realizar 1º Simpósio de Educação em Simulação Realística em Saúde de Londrina;
  • Ofertar cursos de capacitação e educação continuada para profissionais das áreas de saúde.

Laboratórios de simulação realística

As etapas de execução do Centro contemplam, ainda, estruturar 6 laboratórios de simulação realística (3 de média e baixa fidelidade e 3 de alta fidelidade) associados à IA e Internet das Coisas em saúde na cidade.

No documento apresentado à ministra, a equipe londrinense justificou a necessidade do Centro de Tecnologia Aplicada à Saúde na cidade: “…a complexidade do aparato tecnológico utilizado como meio diagnóstico e terapêutico passa a requerer contínua atualização dos sistemas de conceitos e dos projetos de ação profissional”, diz o texto.

Ainda conforme o documento, “a simulação realística teria uma dupla finalidade: promover uma aprendizagem ‘segura’ para o agir eficaz onde tentativas e erros prenunciam a prática metódica e sistemática experimentalmente desenvolvida em situações didáticas que antecipam a atuação no real; além de ampliar esquemas de ação em situações assistenciais específicas, nas quais a tomada de decisão,  o trabalho articulado em equipe e ação imediata pressupõe códigos explícitos e padronizados de conduta a serem editados e reeditados em ambientes virtuais”.

A próxima etapa é apresentar o projeto do Centro de Tecnologia Aplicada à Saúde em Londrina para a Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI (FINEP), para discutir possíveis formas de financiamento.

Na quarta-feira (17), a ministra Luciana Santos participou do encerramento do seminário “Inteligência Artificial para Equidade Social e Desenvolvimento Sustentável”, realizado pelo MCTI, que coordena o eixo de IA no Grupo de Economia Digital do G20.

Ela defendeu que os debates sobre (IA) no âmbito do G20 ajudam a reduzir as desigualdades entre os países no desenvolvimento da tecnologia. “AI abre inúmeras possibilidades de aplicações, que podem trazer incríveis benefícios para a sociedade.” Leia mais aqui.

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Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita

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