Maio Roxo: doenças inflamatórias intestinais afetam 5 milhões de pessoas no mundo

Mês de Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais alerta sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces para diverticulite, doença de Crohn e retocolite

Maio Roxo é o Mês de Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). A campanha tem como objetivo alertar a população para a importância do diagnóstico e do tratamento precoces para doenças como diverticulite, doença de Crohn e retocolite, as mais comuns entre os brasileiros.

No Brasil, a ação foi criada em 2016 pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), em parceria com a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) e o Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB). Mas uma campanha mundial é feita desde 2010 pela Federação Europeia de Colite Ulcerativa e Crohn (EFCCA) e o dia 19 de maio foi escolhido como o Dia Mundial de Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, o World IBD Day.

De acordo com a SBCP, as chamadas DII afetam mais de 5 milhões de pessoas no planeta. No Brasil, a doença de Crohn e a retocolite afetam entre 12 e 55 indivíduos em cada 100 mil habitantes. O maior estudo realizado no Brasil sobre essa temática, com mais de 212 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), apontou que em um período de nove anos a prevalência das doenças inflamatórias intestinais aumentou 15% ao ano, chegando a 100 casos para cada 100 mil habitantes. A maior concentração é registrada nas regiões Sudeste e Sul do país. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Regional Health Americas, em 2022.

Maio Roxo: o que são as doenças inflamatórias intestinais?

O intestino é dividido entre intestino delgado e grosso, sendo que o primeiro absorve a maior parte dos nutrientes sólidos ingeridos, enquanto o segundo é responsável pela captação de cerca de 60% da água e pela formação de fezes. Além disso, ele tem um papel importante na produção de neurotransmissores.

“Doenças inflamatórias intestinais (DII) são um processo inflamatório que acontece em todo o aparelho digestivo e tem uma evolução crônica”, resume a gastroenterologista Dra. Rossana Amin Graciano de Resende, associada da AML.

Ela reforça que os sintomas às vezes acontecem fora do aparelho digestivo, “como dores articulares, problemas de pele ou no olho”.

Os tipos mais comuns de DII são a colite ulcerativa e a doença de Crohn. A colite ulcerativa é uma inflamação caracterizada por úlceras, que são feridas no revestimento interno do intestino grosso (cólon) e do reto. Já a doença de Crohn também é um quadro inflamatório crônico que pode prejudicar qualquer parte do tubo digestório.

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Doenças Inflamatórias Intestinais: principais sintomas

As DII podem causar a obstipação, que é a falta de eliminação de fezes por vários dias, que causa dor, inchaço entre outras complicações.

Outros sintomas são:

  • Diarreia; 
  • Sangramento nas fezes;
  • Perda repentina de peso;
  • Mudanças nos hábitos intestinais;
  • Sensação de estufamento; 
  • Desconforto abdominal;
  • Acúmulo de gases
  • Fraqueza.

”A partir do momento em que o paciente apresenta os sintomas, ele precisa tratar para não evoluir o quadro. Mas não é possível alcançar a cura”, diz a gastroenterologista.

Causas

As causas para as doenças inflamatórias intestinais são diversas, sendo a mais comum um conjunto de fatores genéticos, comportamentais e físicos.

Outras possíveis causas são:

  • Desordens entre microrganismos no trato digestivo; 
  • Falta de fibras e de água; 
  • Estresse, depressão e ansiedade, que elevam a sensibilidade das células nervosas no intestino; 
  • Avanço da idade, que faz diminuir a capacidade de absorção de alguns nutrientes, como a lactose.

Maio Roxo: diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento

A SBCP alerta para a importância do diagnóstico precoce, que é essencial para evitar a piora do quadro dessas doenças, além de internações e cirurgias que podem acarretar a remoção de partes dos intestinos.

“A principal forma de prevenir as doenças inflamatórias intestinais é cuidar dos hábitos de vida, principalmente alimentação e cuidados com a mente também. Outro fator importante é evitar o tabagismo”, ensina a Dr. Rossana.

Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita com SBCP

comunica.aml@aml.com.br

 

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