Show acústico será nos dias 4 e 5 de agosto e reunirá hits de folk rock
Num show acústico em comemoração a 18 anos de estrada, a banda de folk rock Terra Celta se apresenta no palco da AML Cultural nos dias 4 e 5 de agosto, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 60 e R$ 30 (meia) e estão sendo vendidos pela plataforma Sympla, incluindo a modalidade “entrada solidária” que oferece desconto para quem levar 1 quilo de alimento não-perecível na noite da apresentação.
Formada por Elcio Oliveira, no violino, vocal, nyckelharpa, whistles, gaita de fole e mandolin; Alexandre Garcia, no acordeom e piano; Eduardo Brancalion, na guitarra e violão; Bruno Guimarães no baixo e Leonardo Cacione na bateria, a Terra Celta tem três cds lançados e um dvd.
“Nosso último cd foi lançado em 2020. A gente tinha até planejado o lançamento para o Auditório do Ibirapuera, mas acabou acontecendo a pandemia e foi cancelado”, diz Elcio Oliveira, confessando que a pandemia catalisou mudanças que eram iminentes para a banda.
“Para nós, pessoalmente, a pandemia foi muito legal. Apesar de a gente ter ficado parado, ter sido um momento difícil, a gente pode reestruturar nosso trabalho por completo. A pandemia trouxe essa pausa, essa parada brusca e hoje eu acho que a gente está muito mais coeso na nossa proposta, muito mais coeso na questão pessoal de cada um e muito mais coeso em como a gente administra os nossos recursos.”
“Agora a gente está preparando um quarto trabalho”, conta Elcio, que também é médico e atua como clínico geral na rede municipal de Ibiporã, onde trabalha com medicina comunitária.
“Eu sempre fiz questão de colocar as duas carreiras em primeiro lugar, ambas sendo uma prioridade. Sou médico concursado aqui no município de Ibiporã e isso me permite uma carga horária que eu consigo manejar de uma maneira muito tranquila com os compromissos da banda, das viagens. Nunca foi uma pedra no sapato”, comenta o vocalista.
Ele explica que o quarto trabalho da banda será um cd de música instrumental, com composições próprias e temas que trazem um quê de música irlandesa e música brasileira. “Vai ficar um trabalho bem legal e bem moderno. A gente está mesclando com elementos de jazz, de música eletrônica, então vai ficar um trabalho bem bacana.”
Com exceção do primeiro cd, lançado em 2007, todo o trabalho do Terra Celta é autoral e reconhecido nacionalmente, inclusive com diversas participações no Rock in Rio. “A gente tem músicas muito diferentes, com temas muito diferentes. É bom porque o show acaba se tornando muito dinâmico”, avalia Elcio.
Segundo ele, durante as apresentações, a banda costuma variar bastante de instrumentação, ritmos e propostas musicais, e o show acaba ganhando nuances. “Hora o povo está pulando, hora a gente está fazendo aquela música bem mais lenta, bem melódica.”
“Mas eu acho que tem duas músicas que são o nosso carro-chefe: ‘Até o último gole’, que fala de cerveja, de festa, uma música para o pessoal pular, e ‘Um outro lugar’, que não tem nada a ver com isso, que fala sobre o jovem que está deixando a casa dos pais. São duas músicas que conquistaram a galera”, confessa.
Os músicos costumam ensaiar uma vez por semana e ao longo de 2023, os ensaios têm sido focados na produção do próximo trabalho instrumental. Para o show na AML, a banda está mudando os arranjos de algumas músicas, tirando um pouco o peso da guitarra, colocando violão, e vai usar o piano do teatro da AML.
“A gente chama alguns convidados, como o Paulo Sequeira, que é um saxofonista fantástico. O Daniel Sabrien, que desenvolve projetos de pesquisa de música barroca, música de câmara, que vai fazer o banjo com a gente. E a Isa Benassi, que é uma cantora da Hocus Pocus Machine, que vai também fazer uma participação com a gente. Então, a gente está bem feliz, bem ansioso para ver como é que vai soar.”
Acústico Terra Celta deve reunir público de todas as idades
Ao longo dos 18 anos de carreira, o público da Terra Celta mudou: “O pessoal que ia nos shows lá em 2008 hoje está com filho, então já não está mais na balada”, reconhece o vocalista, destacado que o perfil do público também varia muito porque a banda se apresenta em diferentes nichos.
“Às vezes, no mesmo mês, a gente faz bar, faz uma festa municipal, faz um teatro, faz um casamento, às vezes uma formatura, então o público acaba variando. Eu acho que o nosso principal público fica aí entre a galera dos 18 até os 35 anos, mas a gente recebe muita mensagem de pessoal mais velho.”
Para Elcio, o acústico no palco da AML Cultural veio a calhar, “porque permite que os pais levem os filhos para ver o show, levem as mães, os pais, os avós, então acho que é um público muito plural ali no espaço da AML”.
Ele destaca que a AML Cultural é um espaço “superlegal, ainda que pequeno, mas com uma estrutura muito boa de luz, de som”.
“O João (Vidotti), que coordena o espaço, é um cara supercompetente, um cara superbacana, e está sempre disposto a ajudar, sempre disposto a fazer acontecer, então acho que é um ponto de cultura muito legal na cidade e acessível a todo mundo.”
Para Elcio, Londrina já foi um polo cultural mais desenvolvido e, hoje, o que falta para o cenário cultural local é o público olhar mais para os trabalhos autorais produzidos na cidade. “Projetos como o nosso, como o do pessoal do jazz cigano ou o pessoal do jazz mesmo, têm muita dificuldade em conseguir aprovar alguma coisa que ajude a gente a divulgar o nosso trabalho, a gravar algo diferente. Eu acho que dá para melhorar”, opina o músico.
Serviço
Acústico Terra Celta
Quando: 4 de agosto (sexta-feira) e 5 de agosto (sexta)
Local: AML Cultural (Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130 – Centro)
Horário: 20 horas
Entrada: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) pela plataforma Sympla
Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita
comunica.aml@aml.com.br