Imunização ainda é a melhor ferramenta da medicina para o controle e a erradicação de doenças infecciosas
A vacinação é a melhor forma de erradicar doenças e conter a propagação de microrganismos nocivos à saúde. Quem se vacina, diminui as chances de contrair enfermidades e ainda protege familiares e amigos das diversas doenças infecciosas que são transmitidas por contato ou pelo ar. Para conscientizar a sociedade da importância de manter a carteirinha de vacinação sempre em dia, 9 de junho foi declarado como Dia Nacional da Imunização.
A vacina estimula o corpo a produzir anticorpos e células de defesa e atua na prevenção de doenças causadas por bactérias e vírus. Como qualquer medida de prevenção ou de tratamento, ela não é 100% eficaz, mas pode prevenir o indivíduo de contrair uma doença ou sofrer a forma atenuada da doença.
Há diferentes tipos de vacina, como as que usam pedaços de vírus em sua composição, vírus inativados, ou mesmo as inovadoras vacinas de RNA mensageiro, que carregam o material genético do patógeno para provocar uma reação do corpo. Existem também variadas formas de aplicação das vacinas, em doses únicas ou com reforços, dependendo da formulação do imunizante.
São dois os tipos de imunização: a ativa e a passiva. A imunização ativa acontece quando o nosso próprio sistema imunológico produz anticorpos e células de defesa após o contato com algum microrganismo nocivo, principalmente pelo uso da vacina, o que confere imunidade.
Outra forma de se proteger contra as infecções é pela imunização passiva, que pode ocorrer de forma natural ou artificial. Na forma natural, a transferência de anticorpos acontece principalmente durante os três últimos meses de gestação. A mãe também pode transferir anticorpos ao bebê pelo leite materno, conferindo proteção contra infecções respiratórias e intestinais.
Na imunização passiva artificial, os anticorpos podem ser adquiridos de soros de animais (normalmente cavalos) ou imunoglobulina humana, que são capazes de neutralizar substâncias estranhas presentes no organismo, protegendo, assim, o indivíduo de vírus e bactérias.
Um pouco de história
Idealizada pelo médico Edward Jenner, a primeira vacina foi criada no século 18, quando a varíola era a maior ameaça da humanidade. Após matar quase 300 milhões de pessoas no século 20, ela foi extinta em 1984. Hoje, calcula-se que com o uso de vacinas são salvas 5 milhões de vidas a cada ano. As políticas públicas de imunização do Brasil são consideradas referência mundial há décadas e, em muitos casos, a vacinação é obrigatória.
Assim como o avanço da imunização da população mundial, a história da imunização no Brasil está atrelada à criação da vacina contra a varíola. Ela era obrigatória para crianças desde 1837 e para adultos desde 1846, mas a lei só começou a ser cumprida de verdade em 1904, por influência do médico sanitarista e pioneiro da infectologia Oswaldo Cruz.
A obrigatoriedade da vacina não foi bem recebida pela população, dando origem à Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro. Em menos de duas semanas, houve 30 mortos e 110 feridos, além de 945 pessoas presas e 461 deportadas. A situação mudou em 1908, quando o Rio foi atingido por um violento surto de varíola e o medo da doença foi maior do que o receio contra a vacina.
(Com informações do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan)
Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita
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