Page 6 - Jornal da AML - JULHO 2021
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SOLIDARIEDADE




               ESTUDANTE DE MEDICINA MOBILIZA CORRENTE

                                       DO BEM NA COMUNIDADE

          O acadêmico Diogo Nabhan liderou uma campanha para arrecadação de produtos para
                             entidades envolvidas no atendimento à Operação Noite Fria


        Quando decidiu estudar medicina, o acadê-                                              Uma das entidades ajudada pela campanha
      mico  de  quinto  ano  da  PUC  Londrina,  Diogo                                       do Diogo mantém seis casas focadas no públi-
      Nabhan, foi motivado pela vontade de ajudar                                            co que vive na rua. “É um trabalho admirável,
      e fazer diferença na vida das pessoas. Ele foi                                         pois foi a primeira instituição do Brasil a ofe-
      inspirado  pelo  avô,  o  oftalmo  e  otorrino  Ody                                    recer  uma  casa  para  acolher  moradores  de
      Silveira, e pelo pai, o cirurgião plástico Ody Sil-                                    rua  com  Covid”,  relata,  lembrando  que  esse
      veira Junior. Ser útil e aliviar a dor das pesso-                                      contexto implica em uma enorme necessidade
      as, para o estudante, é um dos aspectos mais                                           de  doações.  “Muitos  funcionários  das  casas
      gratificantes da profissão que escolheu.                                                 são ex-moradores de rua que passaram por
         O jovem, que é também um dos associados                                             acolhimento e foram inseridos na sociedade.
      fundadores da Comissão Acadêmica AML, não                                              Foi interessante conhecer tantos detalhes do
      se contenta apenas com a doação ao próximo                                             trabalho”, revela o estudante
      inerente à medicina. Desde quando fazia ensi-                                             Quando pensa em ajudar o próximo, Diogo
      no médio no Colégio Marista de Londrina, ele                                           garante  que  tenta  se  livrar  dos  julgamentos.
      sempre se envolveu com as tradicionais gin-                                            “Não questiono se a pessoa está na rua, por
      canas Marcelino Champagnat, em que os alu-                                             exemplo. Vejo como alguém que está passando
      nos eram incentivados a arrecadar alimentos,                                           por uma situação de necessidade e sofrimento
      roupas e outros itens de primeira necessidade                                          e que podemos ajudar. Sempre acreditei que
      para quem precisa. “Aprendi a importância da           Diogo Nabhan registrando sua doação para   quem doa tem mais a agradecer do que quem
      solidariedade  e  me  emocionava  com  a  dife-        a assistente Rosana, da Morada de Deus  recebe, pois tinha algo para doar.”
      rença que somos capazes de proporcionar na     “Vi na Folha de Londrina uma reportagem
      vida do outro”, recorda.                    sobre a campanha, entrei em contato com as
        E foi movido por esse espírito que, após ler   entidades e me disseram que estavam pre-
      uma reportagem na Folha de Londrina sobre   cisando de itens de higiene pessoal, alimen-
      a arrecadação de cobertores para a Opera-   tos e toalhas de banho para as pessoas em
      ção Noite Fria no inverno de 2021, ele deci -  situação  de  rua  acolhidas  pelas  entidades.
      diu  arregaçar  as  mangas  e  pedir  doações   No início, pensei em apenas comprar algu-
      para duas entidades que atendem morado-     mas coisas, mas depois percebi que poderia
      res de rua: o Centro de Assistência Morada   fazer mais; então, fiz eu mesmo uma campa -
      de  Deus  e  o  MMA-Ministério  de  Missões  e   nha,” diz sorrindo.
      Adoração de Londrina.                          E foi assim, com alguns telefonemas, men -
          “Em  uma  noite  fria,  cheguei  em  casa,  vesti   sagens e postagens em redes sociais, que
      uma blusa e reconheci que tenho conforto. No   ele conseguiu arrecadar dinheiro, fez uma
      mesmo momento, pensei que gostaria de aju-  compra  e  obteve  volume  suficiente  para
      dar pessoas que não têm como se agasalhar”,   atender às duas casas. “Em uma semana,
      conta. No dia seguinte, ele recebeu o que con-  conseguimos nos organizar para fazer dar             E a entrega para um dos funcionários da
                                                                                                           MMA-Ministério de Missões de Londrina
      sidera um verdadeiro “sinal de Deus”.       certo”, conta.

























               JORNAL AML | Associação Médica de Londrina
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