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6  /  JORNAL  DA  ASSOCIAÇÃO  MÉDICA  DE  LONDRINA  /  SETEMBRO 2019                                              www.aml.com.br
                                           50 anos do Curso de
        Literatura
                                        Medicina de Londrina




             De autoria do médico Paulo Chenso, o livro que conta a história da criação da então Faculdade de
                 Medicina do Norte do Paraná será lançado na noite de 3 de outubro na Associação Médica

          Fundado em 1967, o curso de medicina da Univer-  de uma entrevista de mais de três horas, explora
       sidade Estadual de Londrina (UEL) guarda diversas   a situação atual do curso sob a perspectiva de seu
       histórias e curiosidades em seus mais de 50 anos de   fundador, o Dr. Ascêncio Garcia Lopes. A obra faz
       atividade.  Seu  processo  de  fundação,  eventos  mar-  ainda uma homenagem aos pioneiros, assim como
       cantes, projetos, alunos, professores e funcionários   a ex-alunos de destaque, e aborda fatos marcantes
       que marcaram essa trajetória são tema do livro “50   na história do Hospital Universitário (HU).
       Anos do Curso de Medicina de Londrina”, que será      O livro é um de muitos já publicados pelo médico,
       lançado no dia 3 de outubro, às 19h, na sede da AML.   escritor, ilustrador, desenhista, professor e especia-
          A obra é autoria do Dr. Paulo Chenso e nasceu como   lista em História da Arte Paulo André Chenso. Natural
       homenagem ao cinquentenário do curso, comemo-  de Londrina, Chenso formou-se médico pela UEL em
       rado em 2017. Fruto de um convite da coordenadora   1980, historiador em 2004, e há décadas divide-se en-
       do Colegiado de Medicina da UEL, Dra. Lígia Martin,   tre a agitada rotina de plantões em prontos-socorros
       a proposta foi aceita com empolgação pelo médico e   e atendimentos de emergências, e a tranquilidade de
       historiador. “Quando fui convidado a escrever o livro   seu espaço particular onde aprende e escreve sobre
       pensei ‘contar a história da minha escola, vai ser uma   a história (ao lado de uma pequena biblioteca parti-
       honra’. E foi mesmo!”, revela.              cular de aproximadamente dois mil volumes).
         Os 50 Anos ... é resultado de uma pesquisa biblio-     Seu primeiro livro, em parceria com o historiador
       gráfica e documental baseada em material históri-  Agnaldo Kupper, nasceu em 1998. Em 2002, publicou
       co fornecido pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS)   “Chopin não morreu de tuberculose”, obra em que   A FACULDADE QUE
       e Centro de Documentação e Pesquisa Histórica   refuta a hipótese de que a doença nos pulmões teria
       (CDPH) da universidade, além de entrevistas com   levado o músico a óbito. Por uma análise do quadro   INSTITUIU A UEL
       importantes personagens do curso, livros e outras   clínico,  Chenso  sustenta  que  a  causa  da  morte  foi
       formas de colaboração de professores e ex-alunos   insuficiência cardíaca por lesão na válvula mitral – e   Dividido em 19 capítulos, o livro pu-
       como Dr. Milton Macedo de Jesus, Dr. José Luís da   não tuberculose, como narra a história – e faz uma re-  blicado pela Editora da UEL (Eduel)
       Silveira Baldi e Dr. Fahd Haddad. “São pessoas que   visão da conjuntura da medicina no século XIX e suas   explora detalhadamente a criação da
       contribuíram  com  fotos, documentos  e  informa-  dificuldades de diagnóstico.             Faculdade  de  Medicina  do Norte do
       ções importantes”, explica Chenso.            50 Anos do Curso de Medicina de Londrina é o mais   Paraná – que, posteriormente, viria
                                                                                                   a se tornar o curso de medicina – em
             Entre  os  fatos,  histórias  e  curiosidades  do  cin-  recente mas, com certeza, não o último livro de Chen-  simultâneo ao nascimento da Univer-
       quentenário apresentados, estão a elaboração do   so. A paixão pela medicina, história, política e arte é o   sidade. Isso porque, segundo o autor
       primeiro currículo, a primeira cerimônia de forma-  combustível que impulsiona o médico a diariamente   “a UEL foi consequência da criação do
       tura, retrospectivas dos colegiados, projetos de   aprender e, seja por desenhos, livros ou aulas, ensi-  curso de Medicina”.
       ensino, pesquisa e extensão. Um capítulo, fruto   nar um pouco mais.
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