Page 6 - Jornal da AML - OUTUBRO 2021
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AML 80 ANOS
A história contada pelos pioneiros
O Jornal AML, em seus 18 anos e 191 edições Nomes como o das duas primeiras médicas
de até então, reúne registros históricos sobre o de Londrina, Yolanda Skowronek e Maria José
desenvolvimento da medicina de Londrina que o de Queiroz, também não podem ser esquecidos
qualificam como fonte histórica importante sobre nesta breve linha do tempo. Segunda a se ins-
a trajetória da Associação Médica e da profissão talar na cidade, doutora Maria José, mineira de
em toda a região Norte do Paraná. Ouro Preto, chegou no Paraná no início da déca-
Ao longo das décadas, tal narrativa foi cons- da de 1940 e trouxe na bagagem os equipamen-
truída pelos inúmeros depoimentos dos médicos tos para montar, primeiro em Rolândia, depois
pioneiros à publicação, assim como pela produ- em Londrina, um dos primeiros laboratórios de
ção de reportagens especiais realizadas a partir análises clínicas da região, que mais tarde, pe-
de pesquisas com o testemunho oral de ex-pre- las mãos dos médicos Pedro Vasconcelos e Walid
sidentes e diretores colhidos ao longo da década Kauss passou a se chamar Instituto de Patologia
de 1990 pelo Centro de Documentação e Memó- Norte do Paraná.
ria da AML. *Leia mais no box ao lado Outro nome a ser lembrado é de seu irmão,
Entre os muitos relados e matérias, o jornal nos o Dr José Antonio Queiroz, que foi do precursor
conta, por exemplo, que ao grupo dos 11 médicos grupo de anestesistas da cidade, e também quem
fundadores, estavam entre os associados pio- fundou na década de 1950 o primeiro banco de
neiros também o Dr Oswaldo Dias, que chegou a sangue de Londrina.
Londrina ainda em 1934, nomeado delegado da Outro médico que registrou sua história nas
Higiene, e deparou com uma epidemia de febre páginas do Jornal AML, quando das comemo-
amarela silvestre; Dr Dirceu Antunes Sampaio, rações dos 70 anos de fundação da Associação
que presidiu a AML em 1948, seguido do Dr Lima Médica, foi o Dr Waldir Canezin, que chegou a
Teles, Dr Emílio Gomes Fialho e, o Dr Afonso Hai- Londrina ainda criança, em 1936. Tornou-se
kal, o primeiro especialista em pediatria a chegar médico na capital paulista, mas por opção con-
a Londrina, e logo acolhido pelo médico Jonas Fa- tinuou a “comeu pó fino e da cor de chocolate” e
ria de Castro, cujo filho, o Doutor Joninhas, tinha aqui realizou cirurgias sob a luz de lamparinas:
sido seu colega de faculdade no Rio de Janeiro. parte da rotina de muitos dos médicos pioneiros
Segunda médica a se instalar na cidade e primeira a se
associar à AML, Dra Maria José de Queiroz foi também À mesma época que Dr Haikal, registravam-se que também dedicaram parte de suas vidas pro-
pioneira ao integrar a equipe do então recém-criado Serviço
de Assistência Médica Domiciliar de Urgência – o SAMDU. no quadro associativo da AML os também re- fissionais a atender as vítimas de tuberculose,
cém-chegados Dr Hosken de Novaes e Dr Abí- tifo, febre amarela, malária, gastroenterite e de-
lio Soares, sendo que os três foram morar na sidratação – doenças comuns à época da coloni-
mesma casa, dividindo o dia a dia e os desafios zação de Londrina – e que como ele, a partir do
de exercer a medicina em uma cidade que esta- final da década de 1960, também foram docentes
va apenas começando. do curso de medicina da UEL.
dr. antonio nechar jr - cardiologista e arritmologista
dra. fabiana ceribelli nechar - cardiologista
dra. rosana mara ceribelli nechar- pediatra e homeopata
avenida ayrton senna da silva 500 sala 301 londrina - fone 43 3376-3232
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JORNAL AML | Associação Médica de Londrina
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