Page 19 - Jornal da AML - NOVEMBRO 2021
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CIDADANIA
MÉDICOS PELO AR LIMPO
Iniciativa para o movimento nacional da classe médica em defesa também da qualidade
atmosférica é da Associação Médica Brasileira, sociedades de especialidades e a
Associação Paulista de Medicina, em parceria com o Instituto Saúde e Sustentabilidade
Primeira coalização da medicina em defesa da “É uma tarefa que precisamos
qualidade atmosférica e do combate à mudança abraçar com muita força, tan-
climática, o movimento Médicos pelo Ar Limpo foi to na prevenção, com a nossa
lançada em 26 de outubro, em São Paulo. O pro- opinião pública, quanto diag-
pósito da iniciativa: embasar os gestores públi- nóstico. Aqui, temos a atuação
cos e legisladores para suas decisões sobre os das nossas sociedades espe-
benefícios de se combater os gases poluentes e a cialidades e seus tratamen-
crise climática, em prol da saúde e da economia. tos específicos, que envolvem
O ar tóxico é responsável por 10% a 11% das até a reabilitação de pessoas
mortes anuais em todo mundo. “O fim da pan- acometidas com esse ar não
demia trará de volta os níveis mais altos des- definitivamente limpo como
se inimigo invisível. É um tema fundamental de gostaríamos que estivesse”. O lançamento do movimento reuniu especialistas embaixadores da causa e foi
transmitido pelo YouTube. Acesse o vídeo clicando
grande ameaça à saúde humana que precisa Histórico - A iniciativa parte
ser discutido. Por isso, essa iniciativa tem o de um manifesto lançado em dezembro do ano iniciativa e diretora executiva do Instituto Saúde
apoio total e irrestrito da AMB”, pontua o dire- passado, pleiteando a adoção de resoluções mais e Sustentabilidade (ISS). “No Brasil, temos ape-
tor Científico da Associação, José Eduardo Lu- modernas e eficazes para a redução da emissão nas dez estados que monitoram a qualidade do
taif Dolci. O diretor de Responsabilidade Social de gases poluentes. A carta protocolada foi dire- ar. Não temos monitoramento nas regiões Norte
da APM, Jorge Carlos Machado Curi, enaltece cionada ao presidente e aos ministérios da Saú- e Nordeste, com exceção do Acre, por conta de
a formação força-tarefa médica. Segundo ele, de e do Meio Ambiente. “Temos várias casas: o uma iniciativa recente do Ministério Público e da
cada vez é mais perceptível o resultado nefasto planeta, a cidade onde moramos, a nossa própria Universidade Federal do Acre, que implementa-
do efeito estufa e da poluição atmosférica. casa e a mais importante delas – o nosso corpo ram monitores de baixo custo em todos os seus
Curi reitera a importância médica nesse sen- humano. Do macro à pequena célula, sofremos municípios, trazendo talvez uma esperança de
tido, principalmente com a visibilidade maior em com as emissões tóxicas no ar que respiramos”, se resolver a falta de diagnóstico naquelas regi-
decorrência do combate à pandemia de covid-19. enfatiza Evangelina Vormittag, embaixadora da ões”, informa a especialista.
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