Page 6 - Jornal da AML - AGOSTO 2021
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DIA DOS PAIS
PAI E FILHA SE UNEM NO AMOR PELAS PESSOAS
E PELA CARDIOLOGIA
A conduta do cardiologista Antônio Nechar, que sempre soube equilibrar a vida
pessoal e a profissional, foi fundamental na decisão da filha Fabiana de seguir a
mesma carreira e especialidade
O cardiologista Antônio Nechar en-
frentou alguns desafios na vida pro-
fissional. Mudar de São Paulo para Relacionamento familiar
Londrina, depois de já estar exercendo
a medicina na capital paulista, é consi- que permeia a arte
derado o maior deles e tal decisão foi Capaz de proporcionar um relacionamento e ambiente fami-
influenciada pelos filhos. Pai de Alexan- liar convidativo a ser autêntico. É assim que o jornalista, filó-
dre, Carlos, Rafael e da caçula Fabiana, sofo e cineasta Rafael Ceribelli Nechar faz referência ao mé-
também cardiologista, ele conta que dico Antônio Nechar como pai. “É no relacionamento familiar,
se encantou pela região de Londrina e, baseado em conversa, troca e estímulos, que ele encontra a
com uma ideia na cabeça, decidiu que base que permeia sua arte”, cita a jornalista Mariana Guerin,
sair da loucura de São Paulo para criar em entrevista que fez com Rafael, que vive em Londres desde
as crianças em uma cidade do interior 2018, para sua coluna Bocados de Histórias – Rede Lume.
era a melhor escolha para a família. Na reportagem, Rafael diz que a influência da família está em
No mês em que comemoramos o Dia tudo o que ele faz. “A gente se retroalimenta. Minha família tem
dos Pais, doutor Nechar conta como, de uma veia muito artística, mesmo meus pais sendo médicos. Mi-
certa forma, a paternidade trouxe no- nha avó era pianista e meu pai sempre tocou instrumentos musi-
vos rumos para a carreira. Os médicos Antônio e Fabiana, os cardiologistas cais. Ele tocou bongô e piano. Meu irmão mais velho, Alexandre,
“Mudar para Londrina foi um grande da família Nechar foi músico muitos anos e hoje está no Direito. O Carlinhos é jo-
desafio, pois tive que começar do zero gador de computador e programador, eu trabalho com cinema
em um ambiente diferente. Mas foi tam- Ele foi uma criança curiosa, gostava de e a Fabiana é médica. Foi ela quem seguiu a carreira dos meus
bém muito compensador, uma mudan- saber como as coisas funcionam, mon- pais, mas não por algum tipo de imposição. Isso que é legal. Todo
ça valiosa para a vida”, avalia ele, que tava e desmontava as coisas e tinha in- mundo escolheu um caminho e isso é muito importante. A gen-
considera o empreendedorismo como teresse em experiências. “A medicina é te é diferente, mas todo mundo se respeita e cresce junto nas
o segundo maior desafio de sua vida uma profissão com muitas descobertas diferenças”, define Rafael, reconhecendo que o interesse pelo
profissional. Em 2005, ele empreendeu e me permitiu exercer também o meu cinema veio colado às influências dos irmãos e dos pais du-
uma empresa de telemedicina (em car- interesse pelas relações humanas, pois rante toda sua infância.
diologia) que hoje atende todo o Brasil. gosto muito de gente. De estar entre e “Eu sinto que conforme eu vou ficando mais velho, cada vez
“Fico satisfeito em ver que fomos pio- junto às pessoas”, revela doutor Ne- mais estou parecido com meu pai e, em alguns aspectos, com a
neiros na área e conseguimos ajudar char, que como pai também estimulou minha mãe. Vou me identificando neles”, confessa o jornalista-ci-
muitas pessoas”, conta. que o olhar atento à natureza humana neasta DE 34 anos, criado num ambiente de muita liberdade de
O primeiro dos três médicos da famí- estivesse sempre presente no relacio- escolha. “ E foi esse ambiente convidativo a ser autêntico que se
lia – a esposa Rosana Ceribelli Nechar namento familiar, e que a liberdade de perpetuou desde minha infância...”
também é médica – conta que escolheu escolha fosse modelo, um preceito de
a profissão movido pela curiosidade. vida aos quatro filhos.
JORNAL AML | Associação Médica de Londrina
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