Page 22 - REVISTA AML - Edição de Novembro de 2022
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Fabio Trevisan
            ENTREVISTA




                                                                  Foi só a pandemia pra te parar então?
             essa atual diretoria é que ela valoriza as
 estreia como
             pessoas, eu me sinto muito valorizado lá
                                                                   Sim  (risos). Parei no  mestrado  e  hoje
             dentro, nossas ideias são acolhidas,
                                                                  ainda  vou  pra  São  Paulo  uma  vez  por
                                                                  semana  pra  atender  lá  no Sírio. Agora
             nossas sugestões são otimizadas.
                                                                  estou me dedicando aqui.
             Você é londrinense?
 escritor                                                         A família mora aqui?
              Nasci em Arapongas, aqui do lado. Mas
             estou aqui em Londrina desde quando vim
                                                                   Sim, sou casado com a Karine, arquiteta,
             fazer o segundo grau no Delta, que hoje
                                                                  tenho  filhos  trigêmeos  e  veio  certinho,
                                                                  misturado, dois meninos e  uma  menina
             nem  existe  mais.  Há  20  anos  ou  você
             vinha  estudar  em  Londrina  ou não pas-
             sava no vestibular. O terceirão foi aquele           que completaram 10 anos agora. Um dos
                                                                  motivos para  eu  querer voltar  é  porque
             ano que eu só estudei. Prestei 8 vestibula-          são Paulo não é o melhor lugar para criar
             res  e  passei  em  6,  foi  um  ano  de  muito      filhos.  Minha  família  e  da  minha  esposa
             estudo, passei e escolhi ficar aqui em Lon-           são de Arapongas e resolvemos voltar pra
             drina.  Fiz  residência  de  anestesiologia          ficar  perto  e  ter  qualidade  de  vida.  Sou
             aqui em  Londrina  também  e  foi lá  que            apaixonado por Londrina, meu olho brilha
             conheci a medicina na dor. Depois fui pra            quando falo de Londrina.
             São Paulo fazer Medicina da Dor no Sírio
             Libanês e depois fiz a Medicina Interven-             Seu trabalho é aqui agora.
             cionista da Dor, que são os procedimen-               Sim,  montei minha  clínica  aqui e  os
             tos. Eu já estava no Sírio Libanês, que é            planos pra 2023 é ir pra uma sede própria.
             um hospital que vicia, você não quer mais            Nesta atual eu compartilho a clínica com
             sair  de  lá  porque  é  outro  mundo,  então        vários médicos. Agora  o próximo será  o
             quando terminei fui ver se tinha mais algo           Instituto Trevisan para oferecer tudo o
             a fazer por lá e fiz mais dois anos de UTI e          que  eu  gostaria.  As  coisas  e  reveses
             mais  um  ano  de  neurointensivismo  e              sempre acontecem e nos preparam, este
             depois mestrado, terminei o mestrado em              andar da nossa clínica é alugado e tínha-
             2019 às vésperas da pandemia.                        mos um contrato por um tempo prolonga-
                                                                  do, mas o proprietário resolveu vender e
                                                                  vendeu rápido. Deram o prazo pra gente
                                                                  sair até o fim do ano. Então cada um está
                                                                  seguindo o seu caminho e eu vou ter um
                                                                  lugar  com  metragem  maior  para  poder
                                                                  oferecer algo que não consigo aqui.


                                                                  Como  a área  da  medicina da dor
                                                                  entrou na sua vida?
                                                                   Durante  a  faculdade  eu  nunca  tinha
                                                                  ouvido falar da medicina da dor. Quando
                                                                  fiz  anestesiologia  descobri  que  é  uma
                                                                  subárea desta especialidade e achei inte-
                                                                  ressante, algo que ninguém fazia, que tira
                                                                  um pouco de dentro do centro cirúrgico
                                                                  para fazer algo fora e segui esse caminho.

















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